5 Coisas que Aprendi a Não Fazer Quando Minha Filha com TDAH Está Chateada ou com Raiva

Descubra 5 lições valiosas que aprendi como pai de uma menina com TDAH sobre como lidar com crises de raiva e frustração. Desde manter a calma até transformar exigências em incentivos, compartilho estratégias práticas para fortalecer o vínculo, promover diálogo e enfrentar os desafios com empatia e paciência. Se você busca entender melhor o universo do TDAH, este texto pode trazer reflexões e ferramentas úteis!

Ricardo Martins Costa

3/19/20253 min read

Como pai de uma menina incrível e cheia de energia que tem TDAH, aprendi muito sobre como lidar com as emoções intensas que, às vezes, surgem em nossa rotina. Crianças com TDAH têm uma forma única de processar o mundo, e isso inclui a maneira como lidam com frustrações, raiva e tristeza. No começo, eu me sentia perdido, mas com o tempo, percebi que algumas atitudes minhas podiam ajudar – ou piorar – a situação.

Se você também está nesse caminho, quero compartilhar cinco coisas que aprendi a não fazer quando minha filha está chateada ou com raiva.

1. Não Perder a Calma

No início, era difícil não me deixar levar pela intensidade das emoções dela. Mas percebi que, se eu também perdesse a calma, a situação só piorava. Aprendi a respirar fundo, me acalmar e lembrar que sou o exemplo que ela segue. Quando eu consigo manter a tranquilidade, ela tem mais chances de se acalmar também.

Sempre penso naquela instrução de voo: "Coloque sua máscara de oxigênio antes de ajudar os outros". Eu preciso estar bem para poder ajudá-la.

2. Não Reagir – Responder

Quando minha filha está no meio de uma crise, minha primeira reação pode ser querer resolver tudo rapidamente. Mas aprendi que é mais eficaz responder de forma planejada e calma, em vez de reagir impulsivamente.

Nós criamos um plano de comportamento juntos, com recompensas e incentivos. Quando ela está chateada, tento envolvê-la na solução, dizendo algo como: "Temos um problema aqui. Vamos resolver isso juntos?" Isso a ajuda a se sentir parte do processo e não apenas controlada.

3. Não Ditar – Discutir

Antes, eu achava que precisava impor regras para manter a ordem, mas isso só aumentava a resistência dela. Agora, tento entender o que está incomodando minha filha e abrir espaço para diálogo.

Perguntas simples, como "O que está te incomodando?", fazem uma grande diferença. Ouvir com empatia também ajuda, mesmo que a solução não seja imediata. Por exemplo, se ela não quer dormir no horário, posso dizer: "Entendo que você quer continuar jogando. Que tal terminarmos hoje e amanhã discutimos uma solução?" Essa flexibilidade pontual evita conflitos maiores.

4. Não Exigir – Incentivar

Um dos maiores aprendizados foi trocar exigências por incentivos. Quando ela está chateada, em vez de dizer "Você precisa se acalmar agora", eu digo: "Eu sei que você consegue se acalmar. Vamos tentar juntos."

Também faço questão de reconhecer os progressos dela, por menores que sejam. Dizer coisas como "Estou orgulhoso de como você está melhorando" faz com que ela se sinta motivada e confiante.

5. Não Desistir – Manter o Compromisso

Cuidar de uma criança com TDAH exige paciência e, às vezes, é exaustivo. Mas aprendi que desistir não é uma opção. Quando as coisas ficam difíceis, faço pausas para mim mesmo, busco apoio em amigos e familiares e, se necessário, procuro ajuda profissional.

Documentar os padrões das crises também tem sido uma ferramenta importante para entender melhor como ajudá-la e fornecer informações úteis aos especialistas que a acompanham.

Reflexão Final

Ter uma filha com TDAH me ensinou muito sobre empatia, paciência e a importância de olhar além do comportamento para entender o que realmente está acontecendo. Não é fácil, mas cada pequeno progresso é uma vitória.

Se você está nessa jornada, saiba que não está sozinho. Com dedicação, amor e as estratégias certas, podemos ajudar nossos filhos a navegar por suas emoções e crescer como pessoas incríveis – porque é exatamente isso que eles são.